O fino laço do encanto se rompeu.
Uma palavra mal dita (maldita?), um contratempo, um
descompasso.
O que faz dois estranhos se disporem a conversar dias a fio
sem que se vissem uma única vez¿ E o que os move a continuar conversando depois
da primeira caminhada juntos, ladeira acima, ladeira abaixo, curvas e retas,
olhares oblíquos?
Fino como o tempo que escorre na ampulheta, nos últimos
grãos, quase findo. O laço que os une na cumplicidade do encontro, mas que se
desfez. Refaz? Que o tempo seja breve enquanto agoniza o desentendimento. Que o
tempo, esse que cura, prevaleça sobre dores sem nome.
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